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A Aventura do Gatinho Sonolento

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A Aventura do Gatinho Sonolento

O sol começava a se esconder, pintando o céu de laranja e roxo. No jardim, um gatinho branco chamado Floco bocejou, mostrando sua linguinha cor-de-rosa. Ele estava cansado de brincar, mas seu coração queria uma última aventura antes de dormir.

— Para onde devo ir? — pensou Floco, olhando ao redor.

Foi então que uma luz suave chamou sua atenção. Era um pirilampo, piscando como uma pequena estrela.

— Venha, gatinho curioso — sussurrou o pirilampo. — Vou te mostrar um caminho mágico.

Sem pensar duas vezes, Floco seguiu a pequena luz. Eles passaram por baixo de roseiras, onde os espinhos se afastaram sozinhos para deixá-los passar. As pétalas caíam como flocos de neve perfumados.

Mais à frente, um riachozinho brilhava sob a luz da lua. Em vez de água, corriam suaves fios de luz prateada.

— Como vou atravessar? — perguntou Floco, com seus pezinhos receosos.

— Não tema — disse uma voz doce. Era uma tartaruga sábia, com uma casca que brilhava como madrepérola. — Suba em minha casca, pequeno aventureiro.

Floco subiu e a tartaruga navegou calmamente pelo riacho de luz. Peixinhos de prata nadavam ao lado deles, fazendo bolhas que, ao estourarem, soltavam acordes de canções de ninar.

Do outro lado, a aventura os levou até a Grande Árvore dos Sonhos. Suas folhas eram feitas de algodão e balançavam suavemente, mesmo sem vento. Em cada galho, um passarinho dormia, cantarolando melodias baixinho em seus sonhos.

No topo da árvore, o pirilampo pousou em uma teia de aranha, que se transformou em uma rede aconchegante.

— Esta é a melhor parte de toda aventura — disse o pirilampo. — O descanso.

Floco deitou na rede, que balançava gentilmente. A teia brilhava com orvalhos que contavam histórias de constelações e luas cheias. Ele sentiu seus olhos ficarem pesados, muito pesados. Cada piscada trazia uma imagem mais suave e tranquila.

O pirilampo piscou uma última vez, uma luz quente e dourada que envolveu Floco como um cobertor.

— Toda grande aventura termina em um lugar seguro e aconchegante — sussurrou a luz.

E Floco adormeceu profundamente, sonhando com riachos de luz, tartarugas sábias e redes que balançam sob as estrelas. Sua pequena aventura tinha sido perfeita, e agora era hora de sonhar com a próxima.

Moral da História: As melhores aventuras são aquelas que nos levam de volta para casa, ao aconchego e segurança de quem amamos

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