O sol já ia descansar atrás das montanhas, pintando o céu de laranja e rosinha. O pequeno Leo bocejou, bem quentinho em sua cama. Seus olhinhos pesavam, mas ele ainda resistia ao sono.
Foi então que uma luzinha cintilante entrou pela janela. Era uma estrelinha-dançarina, brilhante e suave como um pirilampo.
— Vem comigo, Leo — sussurrou a estrelinha com voz de cantiga de ninar. — Vamos numa aventura gentil.
Leo sorriu, e seu pijaminho encheu-se de uma luz mágica. Eles saíram flutuando pela janela, tão leves quanto uma pluma.
Voaram sobre a cidade adormecida, onde as luzes das casas piscavam como vaga-lumes. A estrelinha cantarolava uma melodia doce:
— Voa, voa, bem devagarinho, sobre os telhados, num doce caminho.
Encontraram um gatinho branco, que bocejava na varanda.
— Ron-ron, boa noite — disse o gatinho, sonolento.
Passaram por um cachorrinho marrom, que se espreguiçava em sua casinha.
— Au-au, sonhos felizes — latiu ele, baixinho.
A aventura os levou até um riacho calmo, que refletia a lua. Os peixinhos nadavam lentamente, fazendo bolhinhas de sabão que subiam para o céu e viravam minúsculos arco-íris. Leo esticou a mão e tocou numa bolha. Ela fez ploc e espalhou uma suave risada de água.
De repente, começou a nevar… mas era uma neve especial de pétalas de flor, que cheirava a lavanda e mel. As pétalas caíam suavemente, cobrindo tudo num cobertor macio e perfumado.
A estrelinha-dançarina pousou na testa do Leo, tão quentinha como um beijo de mãe.
— É hora de voltar — cantou ela, ainda mais baixinho.
Eles flutuaram de volta, pelo céu estrelado, acompanhados pelo som do riacho e pela brisa que sussurrava canções. Leo sentiu suas pálpebras ficarem pesadas outra vez, mas agora estava pronto.
Ao pousar em seu travesseiro, tão fofinho como uma nuvem, a estrelinha deu-lhe mais um último brilho.
— Durma bem, pequeno aventureiro. Que seus sonhos sejam tão doces quanto esta noite.
E Leo fechou os olhos, com um grande sorriso no rosto, adormecendo num sono profundo e tranquilo, sonhando com gatinhos, cachorrinhos e riachos de bolhas.
Moral da História: As melhores aventuras são aquelas que nos deixam seguros, tranquilos e cheios de amor para sonhar.