0 a 2 anos 14 min de leitura

A Canção da Estrelinha

Compartilhar
A Canção da Estrelinha

O sol já ia descansar atrás das montanhas, pintando o céu de laranja e rosinha. O pequeno Leo bocejou, bem quentinho em sua cama. Seus olhinhos pesavam, mas ele ainda resistia ao sono.

Foi então que uma luzinha cintilante entrou pela janela. Era uma estrelinha-dançarina, brilhante e suave como um pirilampo.

— Vem comigo, Leo — sussurrou a estrelinha com voz de cantiga de ninar. — Vamos numa aventura gentil.

Leo sorriu, e seu pijaminho encheu-se de uma luz mágica. Eles saíram flutuando pela janela, tão leves quanto uma pluma.

Voaram sobre a cidade adormecida, onde as luzes das casas piscavam como vaga-lumes. A estrelinha cantarolava uma melodia doce:

— Voa, voa, bem devagarinho, sobre os telhados, num doce caminho.

Encontraram um gatinho branco, que bocejava na varanda.
— Ron-ron, boa noite — disse o gatinho, sonolento.

Passaram por um cachorrinho marrom, que se espreguiçava em sua casinha.
— Au-au, sonhos felizes — latiu ele, baixinho.

A aventura os levou até um riacho calmo, que refletia a lua. Os peixinhos nadavam lentamente, fazendo bolhinhas de sabão que subiam para o céu e viravam minúsculos arco-íris. Leo esticou a mão e tocou numa bolha. Ela fez ploc e espalhou uma suave risada de água.

De repente, começou a nevar… mas era uma neve especial de pétalas de flor, que cheirava a lavanda e mel. As pétalas caíam suavemente, cobrindo tudo num cobertor macio e perfumado.

A estrelinha-dançarina pousou na testa do Leo, tão quentinha como um beijo de mãe.
— É hora de voltar — cantou ela, ainda mais baixinho.

Eles flutuaram de volta, pelo céu estrelado, acompanhados pelo som do riacho e pela brisa que sussurrava canções. Leo sentiu suas pálpebras ficarem pesadas outra vez, mas agora estava pronto.

Ao pousar em seu travesseiro, tão fofinho como uma nuvem, a estrelinha deu-lhe mais um último brilho.
— Durma bem, pequeno aventureiro. Que seus sonhos sejam tão doces quanto esta noite.

E Leo fechou os olhos, com um grande sorriso no rosto, adormecendo num sono profundo e tranquilo, sonhando com gatinhos, cachorrinhos e riachos de bolhas.

Moral da História: As melhores aventuras são aquelas que nos deixam seguros, tranquilos e cheios de amor para sonhar.

Próxima História