Era uma vez uma estrelinha chamada Luz, que vivia no céu mais macio e azul. Luz não era uma estrela comum. Ela tinha um brilho especial e um grande sonho: descobrir o lugar mais aconchegante do mundo.
Uma noite, ela se soltou suavemente do céu e começou sua grande aventura. Desceu, desceu, num fio de luz prateada, até pousar na ponta do nariz de um gatinho branco que dormia no jardim.
— Ronron... que cheirinho bom de jasmim — sussurrou Luz, aconchegando-se no pelo quentinho do gatinho.
Mas o vento, brincalhão, soprou suavemente e Luz seguiu viagem. Foi pousar na asa de uma coruja, que planava silenciosamente.
— Uhuuu... a vista da floresta é tão linda à noite — disse Luz, vendo as árvores balançarem como um mar verde.
A coruja pousou em seu ninho e Luz deslizou por uma teia de aranha, que fez cócegas nela. Foi parar dentro de casa, flutuando até o quarto de um bebê. Lá, tudo era fofo e cheirava a talco.
A estrelinha viu um ursinho de pelúcia no berço. Ela pousou bem em cima do seu nariz de botão. O ursinho parecia perfeito, mas quentinho mesmo era o colo do bebê, que dormia com um sorriso nos lábios.
Luz deslizou para a mãozinha fechada do bebê. Era macia, quentinha e pulsava de vida. Ela sentiu uma paz enorme. O bebê, sentindo a luz suave, segurou-a com carinho, sem acordar.
— Este é o lugar mais aconchegante do mundo — pensou Luz, com o coração cheio de amor. Seu brilho ficou ainda mais doce, iluminando os sonhos do bebê com imagens de jardins, corujas e gatinhos.
E assim, a pequena estrela aventureira encontrou seu lar, não num lugar, mas num sentimento: o calor de quem se sente amado e protegido. Ela brilhou a noite toda, enchendo os sonhos do bebê de aventuras gentis, até que o sol veio e ela voltou, sorridente, para o céu.
Moral da História: As melhores aventuras nos levam de volta ao aconchego do lar e ao calor de quem amamos.