3 a 5 anos 14 min de leitura

O Barquinho de Papel e a Grande Viagem

Compartilhar
O Barquinho de Papel e a Grande Viagem

No quarto de Leo, onde os brinquedos vivem felizes, havia um barquinho de papel azul chamado Sonho. Ele ficava em cima da estante, olhando pela janela e imaginando como seria navegar no grande rio que brilhava lá longe, sob a luz da lua.

— Um dia vou até lá — ele sussurrava para seu amigo, um ursinho chamado Ted.
— É uma aventura muito grande para um barquinho tão pequeno — respondia Ted, abraçando-o com cuidado.

Mas naquela noite, uma brisa gentil entrou pela janela aberta. Ela rodeou o barquinho Sonho com carinho e sussurrou:
— Está pronto para sua aventura, pequeno marinheiro?

O coração de Sonho encheu-se de coragem. Com um suave “sim”, a brisa levantou-o e levou-o pela janela, rumo ao rio cintilante.

— Boa sorte! — gritou Ted, acenando com a pata.

A viagem pelo ar foi mágica. As luzes da cidade pareciam estrelas no chão, e a lua sorria para ele. Finalmente, com um ploft suave, Sonho pousou na água fresca do rio.

A correnteza era calma e o levava gentilmente. Ele passou por uma família de patinhos que nadavam em fila.
— Bom dia, barquinho! Para onde vai? — perguntou o patinho mais novo.
— Estou numa aventura! — respondeu Sonho, orgulhoso.

Mais à frente, um vaga-lume pousou em sua proa, iluminando seu caminho como um farol minúsculo. Os sapos, sentados em folhas de ninféia, cantavam uma canção baixinha para acompanhar sua viagem.

De repente, o rio fez uma curva e a correnteza ficou um pouco mais forte. Sonho sentiu um frio na barriga, mas não teve medo. Ele lembrou do seu amigo Ted e navegou com bravura, balançando divertidamente nas pequenas ondulas.

Quando a correnteza acalmou, ele viu algo familiar. À beira do rio, havia um jardim que ele reconhecia. E quem estava lá, sentado em uma pedra, com um sorriso enorme? Era Ted! Leo o tinha colocado lá para esperar pela sua volta.

Sonho navegou direto para os braços do ursinho.
— Você foi tão corajoso! — disse Ted, abraçando-o molhado. — Conte-me tudo sobre sua aventura!

E assim, sob a luz da lua, o barquinho Sonho contou sobre os patinhos, o vaga-lume e a canção dos sapos. Ele se sentia maior por dentro. Leo os enconthou logo depois e os levou de volta para o quarto, quentinhos e seguros.

Naquela noite, Sonho não sonhava mais com o rio. Ele tinha vivido sua aventura e descobriu que o melhor de uma grande jornada é voltar para casa e contar para um amigo.

Moral da História: A verdadeira aventura está em explorar o mundo com coragem, mas o lar é sempre nosso porto seguro.

Próxima História