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O Baú de Sonhos de Lila

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O Baú de Sonhos de Lila

Na Floresta Brilhante, onde as árvores sussurram canções de ninar e os vaga-lumes dançam como estrelinhas caídas do céu, vivia uma pequena raposinha chamada Lila. Ela tinha um tesouro muito especial: um baú mágico cheio de brinquedos cintilantes, livros coloridos e doces deliciosos que nunca acabavam.

Lila adorava abrir seu baú sozinha e espalhar todas aquelas maravilhas pelo chão. Mas, por mais divertido que fosse, uma sensação estranha de solidão às vezes a visitava.

Certo dia, sentada em sua clareira, Lila ouviu um soluço triste. Era o coelho Beni, encolhido sob um cogumelo gigante.
— O que houve, Beni? — perguntou Lila, com o coração apertado.
— Estou entediado. Meus brinquedos estão velhos e não tenho nada de novo para fazer — ele choramingou.

Lila pensou no seu baú. Uma parte dela queria guardar tudo só para si, mas outra parte, maior e mais quente, queria ver Beni feliz.
— Espere aqui! — disse ela, correndo para casa.

Lila voltou arrastando seu pesado baú. Ao abri-lo, os olhos de Beni brilharam como duas luas.
— Uau! Posso… posso brincar com alguma coisa?
— Claro que pode! — disse Lila, e a sensação quente em seu peito cresceu.

Logo depois, a passarinta Zaya pousou, curiosa. Viu as duas raposinhas rindo e decidiu se juntar à diversão. Lila, sem pensar duas vezes, abriu o baú ainda mais.
— Venha, Zaya! Há bastante para todos!

A notícia se espalhou e outros amiguinhos da floresta apareceram. O baú parecia realmente mágico, pois quanto mais eles compartilhavam, mais brinquedos e guloseimas apareciam dentro dele.

Eles construíram uma fortaleza gigante com blocos de madeira, festejaram com um banquete de frutas doces e leram histórias uns para os outros. As risadas deles ecoaram pela floresta, iluminando-a mais do que qualquer vaga-lume.

Quando a lua, grande e prateada, subiu no céu, todos estavam cansados e felizes, deitados numa pilha fofa de almofadas que também tinha saído do baú.

Beni olhou para Lila com um sorriso sonolento.
— Este foi o melhor dia de todos, Lila. Obrigado por compartilhar seu tesouro conosco.

Lila olhou para os amigos ao seu redor, roncando suavemente. Seu coração não estava apenas quente; estava radiante de felicidade. Ela percebeu que a verdadeira magia não estava dentro do baú, mas no que acontecia fora dele: a alegria de compartilhar.

E naquela noite, todos na Floresta Brilhante tiveram sonhos dourados, repletos de fortalezas, doces e, o mais importante, de amigos.

Moral da História: Compartilhar não é perder um tesouro, é ganhar um coração mais leve e cheio de amigos. A verdadeira felicidade multiplica-se quando é dividida

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