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O Segredo do Cofre Dourado

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O Segredo do Cofre Dourado

Léo e sua irmã Lara ganhavam uma pequena mesada toda semana. Eles adoravam a sensação de ter suas próprias moedinhas, mas sempre as gastavam tão rápido que, quando algo especial aparecia, suas mãos ficavam vazias.

Certo sábado, o avô Benê os levou até seu sótão misterioso. Lá, em um canto iluminado por uma janela, havia um velho cofre de madeira com fecho dourado.

— Este — disse o avô, abrindo-o com uma chave pequena — é o cofre do ‘Agora e Depois’. Ele me ensinou um segredo muito valioso.

Dentro, não havia pilhas de ouro, mas duas partes iguais. De um lado, algumas moedas reluzentes. Do outro, um montante maior, guardado com cuidado.

— O segredo é simples — explicou o avô, piscando um olho. — Sempre que ganho ou recebo algo, eu o divido ao meio. Metade eu posso gastar no ‘Agora’, para me divertir. A outra metade guardo para o ‘Depois’.

— Mas por que guardar, Vovô? — perguntou Lara, curiosa. — Não é mais legal gastar tudo?
— Ah, mas a parte do ‘Depois’ é a mais mágica! — respondeu ele. — Ela vira sapatos novos para a escola, um livro especial que queremos muito ou, quem sabe, um presente para alguém querido. Ela nos prepara para os sonhos maiores.

Intrigados, Léo e Lara decidiram experimentar o segredo na semana seguinte. Ganharam duas moedas cada. Foi difícil, mas dividiram: uma para gastar, uma para guardar.

Léo comprou um delicioso picolé com a moeda do ‘Agora’. Lara comprou um adesivo brilhante para sua caderna. Foi bom!

A moeda do ‘Depois’ foi para seus cofrinhos, com um clinc satisfatório.

As semanas se passaram. Um dia, anunciaram uma excursão escolar incrível para um museu de ciências! O ingresso custava exatamente quatro moedas.

Léo e Lara correram para seus quartos. Abriram seus cofrinhos e contaram as moedinhas guardadas. Havia exatamente quatro! Eles pularam de alegria.

— Conseguimos! — comemorou Lara.
— E não tivemos que pedir aos pais — completou Léo, orgulhoso.

No museu, divertiram-se muito. E no caminho de volta, Lara sussurrou para o irmão:

— O Vovô tinha razão. Guardar para o ‘Depois’ é como presentear nosso ‘eu’ do futuro.
— E o futuro — sorriu Léo — é muito mais doce quando estamos preparados.

Moral da História: Desenvolver o hábito de poupar parte de nossos recursos (como o dinheiro) nos dá autonomia para realizar desejos futuros e nos ensina a valorizar tanto o presente quanto o amanhã

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