O sol já tinha ido dormir atrás das montanhas, pintando o céu de rosa e laranja. No quarto aconchegante, a pequena Lara bocejou, enroladinha sob seu edredom fofo. Mas seus olhinhos arredondados ainda brilhavam, sem sono.
De repente, um raio de lua entrou pela fresta da janela e desenhou um caminho prateado e cintilante bem no meio do seu quarto. Era um fio de luz mágico que parecia convidá-la para uma aventura gentil.
Lara seguiu o fio de luz com os dedinhos dos pés, que não faziam nenhum barulho. O caminho a levou até a ponta da cama, onde seu gatinho de pelúcia, Algodão, esperava. E então, algo mágico aconteceu. Algodão esticou as patinhas, bocejou e piscou os olhos verdes de botão.
— Miaaaau — ele disse, num miado suave. — Vem, Lara, vamos seguir a luz!
De mãos dadas, a menina e o gatinho seguiram o fio prateado. Ele os levou para fora do quarto, pela sala silenciosa, até a porta da varanda. Lá fora, o mundo noturno os esperava, tranquilo e amigável.
Um pirilampo pousou no nariz de Algodão, acendendo e apagando como uma pequena lanterna.
— Venham conosco — sussurrou ele com sua luz — a floresta está cantando a canção da noite.
Eles seguiram o pirilampo, e o fio de luz da lua sempre os guiava, iluminando o caminho de forma segura. Eles não iam longe, apenas até o velho carvalho no jardim. Lá, os amigos os esperavam.
Um ouriço, redondo e sonolento, rosnou baixinho:
— Shhh, venham ouvir.
Eles se aconchegaram sob a grande árvore. E então, ouviram. O vento sussurrava através das folhas, criando uma melodia suave. Os grilos cantavam em coro, tlim-tlim, tlim-tlim. Um sapo, na beira da lagoa, fazia seu tamborzinho, glub-glub.
Era a canção de ninar da floresta. Lara sentiu suas pálpebras ficarem pesadas. Ela se aconchegou no pelo macio de Algodão, que ronronava baixinho, uma vibração aconchegante e quente.
O fio de luz da lua começou a brilhar mais suavemente, mostrando o caminho de volta para casa. Era hora de dormir. A aventura tinha sido perfeita.
De mãos dadas com seu amigo, Lara seguiu o fio prateado de volta pelo jardim, pela sala silenciosa, direto para seu quarto aconchegante. Ela se enrolou debaixo do edredom, e Algodão se aninhou em seus pés, voltando a ser um bichinho de pelúcia, mas com um sorriso no rosto.
Lara fechou os olhos, ouvindo o eco da canção da floresta em seus ouvidos. Ela adormeceu com o coração quentinho, sonhando com amigos gentis e com a luz suave da lua que sempre guia para casa.
Moral da História: As melhores aventuras são aquelas que temos perto de casa, guiadas pela imaginação e pela luz do amor, e sempre nos trazem de volta ao aconchego