Lua adorava a hora de dormir, mas seu coração ansiava por uma verdadeira aventura. Certa noite, um raio de lua prateado entrou pela fresta da janela e, para sua surpresa, formou palavras no seu lençol.
— "Mensageiro Urgente Necessário. Encontre-me na Fonte dos Sussurros." —
O coração de Lua bateu mais rápido. Ela se vestiu rapidamente e seguiu o fio de luz prateada que agora serpenteava pelo chão do seu quarto, saindo pela janela aberta.
O fio a guiou até a floresta atrás de sua casa, que à noite parecia um lugar completamente diferente. Tudo estava banhado por uma luz azulada e tranquila. O raio de lua terminava em uma pequena clareira, onde uma raposinha prateada a esperava, com uma pequena bolsa de veludo pendurada no pescoço.
— Obrigada por vir, Lua — disse a raposinha, com uma voz que soava como o tilintar de sinos distantes. — Sou Mensageira do Luar. Preciso de sua ajuda para entregar estes sonhos, mas o caminho até a Colina do Céu está cheio de sombras inquietas. Você pode me acompanhar com sua lanterna?
Lua acenou com a cabeça, segurando firme sua pequena lanterna. Ela estava um pouco nervosa, mas a raposinha parecia tão gentil.
O caminho subia entre as árvores antigas. De vez em quando, sombras se moviam, fazendo Lua estremecer.
— Não tema — sussurrou a raposinha. — São apenas os guardiões da floresta, ainda acordados. Cumprimente-os.
Lua respirou fundo e disse em uma voz corajosa:
— Boa noite, senhores guardiões.
Para sua surpresa, as sombras se acalmaram e se transformaram em formas reconhecíveis: um veado majestoso que acenou com a cabeça e um ouriço que rolou em direção à toca. Eles não eram assustadores, apenas estavam cuidando de sua casa.
Finalmente, elas chegaram ao topo da Colina do Céu, de onde se podia ver todas as estrelas de perto. A raposinha abriu a bolsa e libertou centenas de pequenas luzes cintilantes, que voaram para as casas da vila lá embaixo, levando sonhos felizes.
— Você foi muito corajosa — elogiou a raposinha. — E a melhor coragem é a que nos ajuda a ser gentis.
A raposinha tocou suavemente a testa de Lua com a ponta do seu focinho.
— Agora, volte para sua cama quentinha. Esta aventura será nosso segredo.
Lua seguiu o caminho de volta, que agora parecia familiar e amigável. Ela deslizou para debaixo de seus cobertores, exausta mas feliz. Ela havia sido uma verdadeira aventureira. E enquanto fechava os olhos, uma pequena luz cintilante—um sonho que sobrou—dançou em seu quarto antes de pousar suavemente em sua testa, garantindo que ela teria o mais doce dos sonhos.
Moral da História: A verdadeira aventura requer coragem, mas a coragem mais importante é a de ser gentil e enfrentar nossos medos, descobriando que o mundo é cheio de amigos em potencial