0 a 2 anos 14 min de leitura

O Ursinho e a Canção do Vento

Compartilhar
O Ursinho e a Canção do Vento

O pequeno urso Bruno estava com muito sono. Ele bocejou, um bocejo grande e fofinho, e esfregou os olhinhos brilhantes. Mas algo o impedia de dormir. Lá fora, o vento cantava uma canção baixa e convidativa, sussurrando através das folhas da grande floresta.

— Mamãe — sussurrou Bruno — o vento está chamando. Posso ir ver?

A mamãe ursa acariciou sua cabeça.
— Vá, meu filho. Mas não vá longe. Apenas até a clareira.

Bruno saiu da toca quentinha. A lua, redonda e prateada, iluminava seu caminho. Cada passo em musgo era macio como um tapete. O vento brincava com seus pelos, fazendo cócegas.

— Ooooh, ooooh — cantou o vento. — Venha, Bruno, venha dançar!

E assim foi. Na clareira, tudo brilhava suavemente. Os vaga-lumes piscavam como pequenas estrelinhas dançantes. As folhas sussurravam e giravam no ar. Bruno tentou girar também, um pouco desengonçado, mas muito feliz. Ele não estava sozinho. Uma joaninha pousou em seu focinho, trazendo sorte. Um coelhinho tímido observava de trás de um cogumelo, seu narizinho tremendo de curiosidade.

Eles não falavam com palavras, mas entendiam perfeitamente. A joaninha era um ponto vermelho vibrante. O coelho era uma sombra fofa e curiosa. Juntos, eles seguiram a música do vento, que os levou até um riacho cintilante. Lá, a água cantava sua própria canção de ninar, "shhhhh, shhhhh", contra as pedras lisas.

Bruno sentou-se, cansado e contente. Ele observou a lua refletida na água, uma luz tremeluzente e mágica. O vento agora sussurrava mais baixo, acariciando sua testa. A joaninha encontrou um lugar aconchegante em sua orelha. O coelhinho se aninhou ao seu lado, quentinho.

Era hora de dormir. A aventura havia sido perfeita, mas nada era mais aconchegante do que voltar para casa. Com passos sonolentos, Bruno seguiu o caminho de volta, guiado pela luz da lua. A toca cheirava a bagas e amor. A mamãe ursa o esperava, com os braços abertos.

Ela o envolveu em um abraço grande e quente, e ele afundou em seu sono, sonhando com vaga-lumes dançantes e a canção suave do vento.

Moral da História: As pequenas aventuras perto de casa, com amigos gentis, são as mais mágicas de todas, e não há lugar mais seguro do que o colo de quem nos ama

Próxima História